FEIRA DO EMPREENDEDOR-BORN GLOBAL


Mais de 15 mil visitantes marcaram presença nas 18 iniciativas âncora da 17ª Feira do Empreendedor "Born Global", promovida pela ANJE, entre os dias 27 e 29 de novembro, no edifício da Alfândega do Porto. Ao êxito de uma iniciativa cada vez mais qualificada e de vocação internacional cumpre somar os frutos que estão ainda para vir: da criação de novas empresas aos investimentos, passando pelas naturais parcerias entre empresários. A tudo isto acresce ainda uma novidade, já que os empreendedores podem agora, através de uma biblioteca multimédia, assistir (ou voltar a assistir) às conferências, sessões de esclarecimento e workshops decorridos na Alfândega do Porto. 

A 17ª edição Feira do Empreendedor foi além da reunião de mais de uma centena de expositores, mobilizando atuais e potenciais empresários para ações complementares, dinamizadas por consultores, formadores especializados, gurus, investigadores, investidores, entre muitos outros. Nesta edição, o tema “Born Global” acabou por se repercutir numa completa agenda de iniciativas dedicadas à promoção de negócios além-fronteiras, desde a fase mais embrionária dos projetos até à expansão de negócios já existentes.

José Fontes, coordenador da unidade de empreendedorismo da ANJE, realça "a consolidação da aposta na iniciativa empresarial baseada no conhecimento e voltada para a criação de valor acrescentado a partir de uma forte aposta na inovação e internacionalização, facto que tornou a Feira do Empreendedor numa mostra de empreendedorismo diferenciador e competitivo". O responsável sublinha ainda a importância do certame na criação de novos negócios, potenciando o networking, “na perspetiva do match entre empresários e parceiros, consultores e investidores”. 

RESULTADOS VISÍVEIS A CURTO E LONGO PRAZO E RENOVAÇÃO DA APOSTA NO EMPREENDEDORISMO QUALIFICADO
Em matéria de resultados, o coordenador da unidade de empreendedorismo da ANJE confirma que "há outputs imediatos, através do feedback positivo dos empreendedores que, no momento, identificaram oportunidades de negócio, estabeleceram parcerias ou adquiriram conhecimento numa determinada área”. No médio/longo prazo, o percurso e crescimento dos empresários vai materializar o impacto do certame, sendo que, por exemplo, o projeto Targetalent participou na sessão de investidores em 2013 e acabou por angariar o apoio de 200 mil euros junto dos investidores que ali encontrou. Este ano, numa fase mais madura do seu lançamento, a startup acabou por vencer o Prémio do Jovem Empreendedor da ANJE. 

A 17ª edição da Feira do Empreendedor revelou ainda uma oferta renovada para o empreendedorismo qualificado, não apenas na vertente de exposição mas também com a introdução de novas oportunidades no programa complementar. Neste sentido, o certame apresentou as sessões Inov (pitch de inovação) e Invest (pitch com painel investidores), além de múltiplas conferências, oportunidades gratuitas de consultoria e momentos vários de networking.

OPORTUNIDADES DE (RE)INSERÇÃO PROFISSIONAL, INTRAEMPREENDEDORISMO E DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS

Além de potenciais empreendedores e empresários com projetos estabelecidos, a 17ª Feira do Empreendedor revelou ainda soluções para os problemas de estudantes e desempregados de curta e longa duração. Neste pressuposto, José Fontes realça "o reforço das ações destinadas ao estímulo da reinserção profissional e da requalificação dos quadros empresariais” e o combate ao desemprego jovem com a operacionalização de “eventos, instrumentos de apoio ao emprego, além das naturais soluções de capacitação para a atividade empresarial”.
O intraempreendedorismo foi outro conceito merecedor de destaque entre o núcelo de temáticas abordadas no ciclo de 26 conferências práticas do certame. Segundo o coordenador da unidade de empreendedorismo da ANJE, a associação “provou que o espírito empreendedor deve ser transversal às novas gerações e deve ser aplicado também na construção de carreiras por conta de outrem”. 

Financiamento, criação de empresas, internacionalização, inovação, emprego e gestão de carreiras foram outras temáticas versadas entre os workshops e conferências realizadas nas três jornadas de aprendizagem. Os empresários que não puderam marcar presença na Alfândega têm ainda oportunidade de assistir às conferências aqui.

No final dos três dias, fica o registo de mais 15 mil visitas de um público mais qualificado, em virtude de um reposicionamento do certame nesse sentido, e o reforço do papel da Feira do Empreendedor, enquanto núcleo agregador de um programa alargado de iniciativas que promovem a iniciativa empresarial, o combate ao desemprego e a criação de novos negócios com valor acrescentado. A Feira do Empreendedor é uma iniciativa da ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, promovida no âmbito do projeto Academia dos Empreendedores e apoiada pelo IEFP - Instituto de Emprego e Formação Profissional.

Fonte: ANJE

Governo acredita que não será necessário devolver a Bruxelas dinheiros do QREN





O Governo acredita que será possível executar cinco por cento dos fundos estruturais do novo quadro de apoio comunitário (QREN) em 2015. Uma expectativa avançada no dia em que foram aprovadas as regras gerais de aplicação das verbas europeias. Para este novo ciclo de fundos foram definidos prazos mais curtos para a aprovação de candidaturas e para os pagamentos aos beneficiários. O Executivo espera abrir os primeiros concursos já em novembro – e, receber as primeiras verbas comunitárias logo no mês seguinte. O novo quadro de apoio, que disponibiliza 21 mil milhões de euros para Portugal até 2020, será ainda conjugado com os fundos do anterior. Estão por executar três mil e 600 milhões de euros do QREN mas o Governo acredita que será possível atingir uma taxa de execução de cem por cento. Nesse cenário, não terá de ser devolvido a Bruxelas qualquer montante de ajudas.


Candidaturas a fundos europeus vão abrir até final do ano

O primeiro-ministro, Passos Coelho, anunciou esta segunda-feira que até ao final do ano vão ser abertos os concursos para as empresas se candidatarem aos fundos europeus, independentemente da aprovação dos programas operacionais.  

Passos Coelho que falava em Vagos, na receção nos Paços do Concelho, ao início de uma visita a várias empresas estabelecidas no Parque Empresarial do Município, disse que «no essencial não haverá atraso no aproveitamento dos novos fundos comunitários» porque o governo já está a preparar os concursos e que «Portugal será dos primeiros países» a ver aprovado os programas operacionais.  

«Temos o acordo com a Comissão Europeia aprovado e estamos na iminência de ter aprovados os programas operacionais, que contávamos estarem em outubro, o que atrasou com as mudanças na Comissão Europeia, mas, no essencial, não teremos atraso no aproveitamento desses fundos», disse.  

Isso porque, explicou o primeiro-ministro, os 21 milhões de euros em causa serão decisivos para o crescimento da economia e o governo não decidiu esperar e vai avançar com os concursos para as empresas se poderem candidatar. 

Passos Coelho, advertiu, no entanto, que «a lógica dos fundos perdidos acabou» e que para «evitar erros passados os financiamentos devem ser reembolsados e os projetos terão de ter cabeça, tronco e membros, para ao fim de algum tempo conseguirem libertar os meios para o pagar». 

O objetivo é que todo o investimento a contemplar tenha retorno, sendo que a diferença em relação à banca é que as empresas não vão pagar juros desse dinheiro, que ficará à guarda da instituição financeira de desenvolvimento. 
A esta vai caber, conforme explicou, garantir que os recursos vão ser canalizados para os projetos com maior interesse estratégico, sem com isso significar que seja montada uma estrutura pesada de avaliação. 

«Essas competências já existem no sistema financeiro. O que vamos é garantir que essa avaliação tem em conta o interesse nacional e não como critério o interesse para a banca», justificou. 

Num discurso apontado aos empresários, o primeiro-ministro reafirmou o empenho do Governo em criar um ambiente favorável às empresas e ao investimento, dando como exemplo a reforma do IRC que está a ser cumprida. 

«Baixámos a taxa de 25 para 23%, o que estamos a cumprir. Em 2015 será reduzida para 21%, havendo a perspetiva de a situar entre os 17 e os 18% até 2018, o que colocará Portugal entre os países fiscalmente mais competitivos», disse. 

Passos Coelho considerou que o investimento estrangeiro, quer em novas fábricas como as que hoje está a visitar, quer na colocação de dívida portuguesa nos mercados a taxas mais reduzidas, são uma prova de que a confiança na economia portuguesa está a regressar. 

«Ainda há duas semanas conseguimos colocar dívida a 10 anos à melhor taxa jamais paga e 90% foi tomada por estrangeiros e não pela banca portuguesa, o que é um selo de confiança no futuro», exemplificou. 

Ainda no âmbito desta visita, o primeiro-ministro rejeitou que a diminuição do desemprego tenha como causa a emigração. 

Fonte: TVI 24